Já comentamos em outro artigo que a incerteza é um parâmetro quantitativo que expressa a confiabilidade do resultado de uma medição. Ela decorre da falta de precisão e exatidão no conhecimento que se tem a respeito do que está sendo mensurando. E há vários fatores que produzem incerteza no resultado de uma medição. Dessa forma a incerteza do resultado de uma medição é composta por diversos componentes que devem ser agrupados em duas categorias, de acordo com o método utilizado para estimar seu valor numérico:
- Tipo A: os que foram determinados utilizando-se a análise estatística em uma série de observações.
- Tipo B: os que foram determinados por quaisquer outros meios.
Incerteza Padrão Tipo A
A incerteza padrão tipo A deve ser baseada em métodos estatísticos válidos para tratamento de dados. Por exemplo:
- Cálculo do desvio-padrão da média de uma série de observações independentes;
- Utilização do método dos mínimos quadrados para ajustar uma curva aos dados a fim de estimar parâmetros da curva e seus desvios-padrão;
- Identificar e quantificar efeitos randômicos em certos tipos de medições, quando efetuando análise de variância.
Incerteza Padrão Tipo-B
A incerteza padrão tipo B é efetuada por outros meios que não a análise estatística de uma série de observações. É usualmente baseada em julgamentos científicos utilizando todas as informações disponíveis, que podem ser obtidas a partir de:
- Dados de medições anteriores
- Incertezas herdadas da calibração dos equipamentos e padrões
- Experiência ou conhecimento geral do comportamento dos instrumentos
- Especificações do fabricante
- Dados provenientes de calibrações e de outros certificados
- Incertezas atribuídas a dados de referência provenientes de manuais ou publicações
- Os efeitos das condições ambientais nas informações citadas acima
- dados históricos de desempenho do método de medição
- Especificações dos equipamentos e padrões